A Coelba, Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia, tem enfrentado um aumento significativo no número de reclamações nos últimos anos. De acordo com o Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor), a Coelba lidera o ranking de queixas fundamentadas feitas por consumidores na Bahia. Vamos explorar os detalhes:

Quantidade de Reclamações:

Em 2023, a Coelba acumulou 689 reclamações fundamentadas. Essas reclamações envolvem infrações às leis que regem as relações de consumo.

Comparando com anos anteriores, o crescimento foi expressivo: em 2018, a Coelba sequer aparecia entre as dez maiores destinatárias de reclamações, mas em 2022, já rebatizada como Neoenergia Coelba, alcançou o segundo lugar com 172 queixas.

Os motivos das queixas incluem cobranças indevidas, serviços não executados, não conclusão de serviços ou realização com qualidade abaixo do previsto em contrato, recusa injustificada em atender o cliente e fornecimento parcial de energia.

Investimento em Publicidade:

Curiosamente, mesmo liderando o ranking de reclamações, a Coelba tem investido pesado em publicidade institucional. Anúncios de capa em veículos de grande circulação na Bahia e inserções comerciais em rádio e televisão fazem parte dessa estratégia.

Isso levanta a questão: por que tanto gasto com propaganda para tentar recuperar a imagem de uma empresa que enfrenta problemas com atendimento ao consumidor e outros desafios?

Processos Judiciais:

Além das reclamações no Procon, tramitam no Tribunal de Justiça da Bahia mais de 44 mil processos em aberto contra a Coelba.

Esses dados indicam que os problemas causados pela concessionária não se limitam apenas ao protocolo do Procon.

Apesar de sua posição no ranking, a Coelba continua a operar e fornecer energia elétrica aos consumidores baianos.