Casos recentes em 2025 reforçam a urgência de vigilância e proteção no cartão postal de Salvador

O Pelourinho, um dos principais cartões-postais e Patrimônio da Humanidade em Salvador, continua sendo palco de incidentes que afetam a experiência de turistas. Em 2025, o noticiário já registrou casos que vão desde a extorsão por meio de serviços não solicitados, como as chamadas “pinturas tribais” e fitinhas do Bonfim impostas, até situações de abuso mais graves, forçando as autoridades a manterem um estado de alerta constante na região. A vulnerabilidade dos visitantes, muitas vezes desavisados sobre as práticas de alguns indivíduos, gera uma mancha na imagem turística do Centro Histórico e demanda uma resposta mais eficaz das forças de segurança.

A modalidade mais recorrente de abuso envolve a coerção e a cobrança abusiva de valores. Um caso recente em agosto de 2025, por exemplo, levou à prisão de indivíduos que teriam coagido turistas a pagar R$ 400 por pinturas corporais realizadas sem consentimento no Largo do Terreiro de Jesus. Esse tipo de ocorrência, onde a abordagem é agressiva e intimidadora, expõe a necessidade de reforçar o patrulhamento ostensivo e a atuação da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur). A sensação de insegurança afasta visitantes e prejudica a economia local, que depende fortemente do fluxo turístico para subsistência.

Embora as estatísticas gerais de segurança pública para Salvador, em 2025, apontem para o combate a crimes de alta complexidade, o foco em delitos contra turistas, especialmente no Pelourinho, precisa ser prioridade. A integração entre a polícia, a gestão municipal e as entidades do setor turístico é fundamental para implementar campanhas de conscientização para os visitantes e ações de inteligência que desarticulem os grupos que atuam com má-fé. Garantir que o rico patrimônio cultural e arquitetônico do Pelourinho seja usufruído com tranquilidade e segurança é crucial para manter a reputação da capital baiana como um destino acolhedor e memorável.