O agronegócio brasileiro está prestes a viver uma revolução financeira com o novo Plano Safra anunciado pelo governo federal! Em 2025, o programa alcança um volume recorde de R$ 435 bilhões, sendo R$ 364 bilhões destinados à agropecuária empresarial e R$ 71 bilhões à agricultura familiar. Disponibilizados por bancos e cooperativas de crédito, esses recursos prometem ser o motor do desenvolvimento rural, financiando desde a compra de tratores até a alimentação de rebanhos. Em Santa Catarina, o cooperativismo financeiro está em alta: o Sicoob, maior cooperativa do país, administra R$ 42 bilhões em ativos e atende mais de 3 milhões de associados, sendo 8 em cada 10 catarinenses cooperados nessas instituições que rivalizam com os melhores bancos do mundo.

No campo, o crédito rural é uma salvação para quem vive da terra. Márcio Roberto, pecuarista de gado de corte há 30 anos, é um exemplo vivo disso. Com a ajuda da cooperativa, ele gira de 1.500 a 1.600 animais por ano, movimentando mais de R$ 3 milhões só na compra de bezerros desmamados. “Se não fosse a ajuda do crédito, não conseguiria me manter”, admite ele, que usa linhas de custeio para ração e investimentos em tecnologia, como tratores e misturadoras que aceleram o engorda do gado. Já em Balneário Piçarras, Bertolino Wohlvater, produtor de bananas, recorreu ao Sicoob para comprar um trator e se recuperar do ciclone bomba de 2020, que dizimou 70% dos bananeiros da região. Na época, a cooperativa liberou R$ 4 milhões emergenciais, provando que o apoio vai além do lucro — é uma rede de solidariedade.

A inovação também ganha fôlego com o crédito acessível. Em Massaranduba, Andrei, jovem produtor, diversificou a propriedade da família — antes focada em arroz e aves — apostando na piscicultura de tilápias. Com R$ 175 kg de ração diária para 50 mil peixes, ele depende do custeio anual da cooperativa para manter o negócio girando. “Eles me emprestam pra comprar ração, eu giro e depois pago”, explica. Investimentos em tanques, geradores e até um quadriciclo alimentado vieram do crédito rural, transformando o trabalho braçal em eficiência. Enquanto o Sicoob figura como o terceiro melhor banco do país no ranking da Forbes, o cooperativismo catarinense mostra que unir forças é o segredo para crescer, seja enfrentar desastres naturais ou levar carne, banana e peixe de qualidade à mesa dos brasileiros.